Me perdoe por não ser tão sincera. É que quando escrevo um texto com a intensão de publicá-lo, me torno omissa. Porém isso não é exatamente um erro. Têm coisas que doem e cansam. E falar abertamente acabaria com a dignidade que me resta. De repente esse assunto seja mesmo com você.
O fato é que estou cansada (desencantada, desiludida). Realmente, definitivamente, irrevogavelmente, irremediavelmente cansada. Toda essa incerteza me enjoa. A inatividade me repugna. E eu gostaria muito de poder contaminar o mundo com uma alegria esfuziante. Seria ótimo sacudir certas pessoas e gritar tão perto de seus rostos a ponto de molhá-los.Claro, eu com certeza também adoraria dizer tudo o que penso. Sem pisar em ovos, sem adoçar palavras, sem eufemismo.
Volto a repetir, pra que fique bem claro, cristalino como água: de repente esse assunto seja mesmo com você. Tome uma atitude pelo amor de Deus! Antes que eu comece a me convencer de que eu é que sou o problema aqui e que de fato, a vida é mesmo mórbida assim.
Não, eu exijo muito. Exijo demais, exijo tanto de mim por não ter meios suficientes para mudar você. Como eu queria falar. Culpa dessas regras sociais que me encamisam, me prendem, fazendo de mim um ser humano polidamente omisso. Vai ver que é melhor assim.
Aliás, a culpa é da confusão. É ela quem põe essa trave no meu próprio olho.

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