O cão Marley me fez refletir sobre a brevidade da vida, e a importância de aproveitar cada dia com simplicidade, lealdade incondicional, alegria e exuberância desenfreadas e, principalmente, com coragem incansável.
"O progresso é impossível sem mudança. Aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada." George Bernard Shaw
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Um bom dia
É...
Foi ótimo viver mais esse dia. Eu não teria comido o pão que minha mãe fez, nem teria descoberto que meus textos podem fazer as pessoas se identificarem, nem teria bebido essa Coca, nem teria falado com todas essas pessoas, nem teria ouvido essa música, nem teria sorrido na rua, nem estaria aqui no dia do aniversário da minha mãe, nem teria tocado piano, nem estaria rindo sozinha, com a expectativa de que você entenda do que eu estou falando.
Obrigada, você é muito gentil!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Um dia mau
Hoje o dia está frio e chuvoso. E um passarinho entrou na farmácia da minha mãe. ele não sabia voar direito e ficava se batendo. Não sei porque, mas voava em direção ao vidro acima da porta e enterrava a cabeça nele, querendo sair.
O passarinho não entendia que não dava para passar pelo vidro. Não entendia que para chegar ao seu ninho precisava primeiro descer e passar pela improvável porta. Eu tentava ajudá-lo com uma vassoura, mas ele com certeza pensou que fosse um terrível ataque e continuava a se bater ainda com mais força.
Gostaria de escrever algo novo. Mas a verdade é que continuo confusa demais. Confusa como aquele passarinho. Meu maior desejo quando acordei, foi de chegar bem rápido a hora de dormir. Não consigo entender por que é que essa parede invisível não me deixa chegar onde quero.
Coisas que antes me alegravam, hoje me dão desânimo. Se faço uma coisa, faço por obrigação. Se não faço me sinto repugnantemente inútil. Se olho para as pessoas, só vejo os defeitos delas. Se olho para mim, encontro falhas incorrigíveis por todos os lados.
Não sei porque um dia mau me fez chorar tanto, e também não consigo descansar como devia, ou esperar ou confiar. É como se uma mão esmagasse meu coração, sabe? Ninguém pode me ajudar. Na verdade, o que realmente gostaria, é que amanhã de manhã, meus olhos continuassem fechados.
Será que vale a pena viver mais um dia?
Acho que só vou descobrir amanhã!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Amor Livre
Me perdoe por não ser tão sincera. É que quando escrevo um texto com a intensão de publicá-lo, me torno omissa. Porém isso não é exatamente um erro. Têm coisas que doem e cansam. E falar abertamente acabaria com a dignidade que me resta. De repente esse assunto seja mesmo com você.
O fato é que estou cansada (desencantada, desiludida). Realmente, definitivamente, irrevogavelmente, irremediavelmente cansada. Toda essa incerteza me enjoa. A inatividade me repugna. E eu gostaria muito de poder contaminar o mundo com uma alegria esfuziante. Seria ótimo sacudir certas pessoas e gritar tão perto de seus rostos a ponto de molhá-los.Claro, eu com certeza também adoraria dizer tudo o que penso. Sem pisar em ovos, sem adoçar palavras, sem eufemismo.
Volto a repetir, pra que fique bem claro, cristalino como água: de repente esse assunto seja mesmo com você. Tome uma atitude pelo amor de Deus! Antes que eu comece a me convencer de que eu é que sou o problema aqui e que de fato, a vida é mesmo mórbida assim.
Não, eu exijo muito. Exijo demais, exijo tanto de mim por não ter meios suficientes para mudar você. Como eu queria falar. Culpa dessas regras sociais que me encamisam, me prendem, fazendo de mim um ser humano polidamente omisso. Vai ver que é melhor assim.
Aliás, a culpa é da confusão. É ela quem põe essa trave no meu próprio olho.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Venha sorrir você também!
PARABÉNS NA CASA DA DONA MARIA - RS
A neta da D. Maria ia fazer aniversário. Então prometemos dar uma passadinha lá para cantar parabéns. Aí, como sempre fazíamos nos fins de tarde, reunimos todos os missionários e fomos até a casa dela no dia da festa. Cantamos animadamente e no fim, dona Maria insistiu para que entrássemos. Recusamos por causa do número em que estávamos, mas não teve jeito. Puxou uma mocinha pelo braço e foi levando pra dentro. Entramos, fizemos uma roda na cozinha, colocamos as crianças no meio e começamos a cantar alto. Fazíamos gestos, ríamos, batíamos palma. Foi incrível.
No final a Fabiele, missionária local, viu uma moça chorando. Ela estava afastada do Senhor e queria se reconciliar. Uma outra mulher recebeu a Jesus como Salvador. E é aí que fico boba. Uma simples cantoria com outra pitada de alegria, trouxe luz para aquela casa.
Fomos pro quintal, comemos bolo, sentamos no chão, conversamos, e as moças foram lavar a louça e varrer o chão da cozinha. Até que nos despedimos alegremente de todos e prometemos uma próxima visita.
Veja só que mistério glorioso. O que estas esperando, então, ó excelentíssimo cristão? Venha sorrir você também!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Primeiros Relatos: TransNacionais - Rio Grande RS - Bairro São Miguel
Eu fico admirada com Deus. Nem estava tão interessada em ir nessa trans. Mas as circunstâncias conspiraram pra que eu fosse e tudo que tive que fazer foi dizer sim. Então hoje estou aqui, ainda mais abobalhada por esse Deus que faz coisas tão "castelosas".
Depois de 18h de viagem até Pelotas, fui mandada à Rio Grande, uma cidade portuária a 80km ao sul de Pelotas. Minha primeira impressão ao chegar no bairro São Miguel foi medo. Pensei, nossa é aqui? Imagine um lugar pobre, pobre, pobre. As ruas de areia, cheias de cavalos, cachorros, galinhas, crianças. Esgoto a céu aberto no qual costumávamos derrubar a bola de vôlei. Um calor insuportável.
Nos primeiros dias fazíamos recenseamento nas casas, pesquisa religiosa e oferecíamos estudos bíblicos. As pessoas foram bem receptivas, graças a Deus, e muitas topavam o estudo. Mas acontecia de a pessoa não estar presente ou não poder nos atender no horário combinado para fazê-lo.
Andávamos nas ruas sempre com a camisa amarela escrito Jesus Transforma. E ficamos conhecidos por lá. Os olhares desconfiados se transformaram em simpáticos sorrisos. As crianças vinham ao nosso redor pedindo abraços e beijos. Perguntavam, tia, vai ter cultinho? No dia da EBF, se concentraram na Congregação 95 crianças. No último culto que fizemos, numa sexta-feira, havia 30 crianças.
Nos fins de tarde, reuníamos todos os amarelinhos e íamos nos becos cantar emplogadamente. Parávamos nas ruas cantando e ali, ao nosso redor, muitas pessoas chegavam para nos ouvir. Até ao ponto de reclamarem: vocês vão na casa de todo mundo e não vêm aqui!
Muitos se converteram seriamente. Outros, com certeza, foram comovidos pela alegria que está no coração de quem já conhece a Jesus.
Esse é um trabalho que não pode parar e nem vai. A Igreja Batista de Rio Grande promete dar todo o apoio. E eu continuo em oração. Estou apaixonada. Rio Grande, ou melhor, São Miguel, me deixou com o coração esmigalhado.
Não quero me esquecer. Aquele é um campo fértil. Quantos outros não existem nesse imenso Brasil? Agora eu entendo de fato: " A colheita é grande, mas poucos são os trabalhadores".
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