Gosto de observar como as pessoas se comportam. Elas fazem comentários e tomam atitudes implícitas como se ninguém soubesse a verdadeira razão delas. As tentativas de chamar atenção, de parecer o que não é, de estar no meio da "roda". É o que chamo de disfarce público. Eu também faço isso: as unhas pintadas, o lápis nos olhos, o salto alto e até o sorriso amarelo.
Penso que Mahatma Gandhi estava certo ao se livrar de todos os seus bens e tratar o rico e o pobre sem distinção. E estava certo também, ao desejar ardentemente a paz e o amor. Mas a promoção de uma vida assim, tão engajada, requer a ruptura de um status sólido, consistente e de um pouco mais de honestidade.
Ser honesto não é ser perfeito. Ao contrário, é admitir falhas. Ouvi falar por aí sobre uma tal de "ditadura do ótimo". Mas hoje eu estou cansada demais para acatar ordens. Hoje eu só quero ler esse monte de livros que cada um escreve com sua própria vida. E no final, quero ter a sensatez de escolher, não os melhores, mas aqueles escritos com a determinante e genuína franqueza de um cristão.